Meus pequeninos

Meus pequeninos

andam perdidos diante de tanto

aflição!

Rejeitados da felicidade,

vivem tentando imitá-la.

Mas a angústia e a maldade,

dizem, aos meus frágeis meninos,

que é somente o desespero que os espera.

Seus olhos representam a dor maior

que há: a dos inocentes anjos,

desamparados pela humanidade desumana,

que quer convencê-los

(e há muitos convence), que não há futuro,

para eles, no paraíso;

Que o paraíso pertence aos "escolhidos".

Como se Deus, num ato de profunda crueldade,

nunca os tivesse querido.

Como se tivessem vindo à força e

não por criação divina;

Como se fosse pecado nascer desafortunado,

rejeitado, esquecido.

Ah,meus pequeninos! Acolho o sofrer

que há na alma desses inocentes

e devolvo em forma de canteiro

vivo: sorriso, carinho, amor.

E, quem sabe, por alguns minutos,

faça-os esquecer tamanha dor!

SueliFajardo
Enviado por SueliFajardo em 26/04/2006
Código do texto: T145909
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