Elena

Entenda, Elena,

A vida é curta,

A estrada é pequena

E a alegria plena se esconde em cada trilha escura

Entenda, Elena,

A cova é funda

E a sala é imunda

E uma sombra obscena paira e tudo inunda

Entenda, Elena,

São muitas as quedas

Mais ainda são os buracos

Mas o que vale são seus passos nos caminhos do acaso

Porque Elena, entenda

Se a queda é muito brusca,

Se o espinho é muito grande

Ou se a dor é muito forte

Se o caminho em si é a busca

E o descaminho é o mal da morte

Então, Elena, entenda

O que esse não-poeta canta

Que não importam os que caem e não berram

Por que a vida não é dos que não erram

Mas sim dos que caem e se levantam

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 22/02/2009
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