Preserv(e)ativos
Educar para viver
não é, mais, interessante.
O mais fácil é “fazer”,
sempre, mais a todo instante.
Na TV é ensinado,
repetido e insistido:
não esqueçam a camisinha,
que é doada, oferecida.
Não se diz que o “transar”
deve ser bem maturado
visto que as conseqüências
podem trazer desagrado.
Pais e avós não são ouvidos,
sofrem até repreensão
se cobrarem do Estado
foco na educação.
O dinheiro destinado
a métodos contraceptivos
só fomenta a orgia,
cede espaço ao vazio,
n’alma mata os sentidos.
Tal procedimento insano
é fonte de reclamatória
de quem não aceita ver o Estado
a sustentar laboratórios.
Na Espanha é intrigante:
dois abortos, cada hora!
a pílula do dia seguinte
toda a situação piora.
Chega a oitenta por cento
dessa chaga desumana
o percentual de jovens
abaixo de dezoito anos.
Se a Igreja alerta e clama
por um pouco de cuidado
com a desfaçatez da mídia,
dos costumes, das maldades
é taxada de retrógrada,
insensível e impertinente,
posta contra a liberdade,
descartável e intransigente.
Pois que penso, logo existo,
tudo posso, tudo bem,
mesmo com o dito de Paulo:
posso, mas, não me convém.
A libertinagem cresce,
é aceita e difundida
pelos lares e espaços
onde só reinava a vida.
E, você, como vai nessa,
tá feliz, “vivendo” a vida,
ou, não sabe que esse ungüento
mal disfarça a ferida?
Olhe seu interior,
refreie essa louca corrida
tão insana e irresponsável
e que provoca tanta dor!
Reconstrua os valores
tantos deles já perdidos,
reaviva o velho amor,
sê do bem, defenda a vida!