ADOLECENCIA SOB JORNAIS

ADOLECENCIA SOB JORNAIS

Tuas mãos rubras de amargas cocotadas,

cocotadas no ar

como queima.

Teus pés adolecentes em ferros

vivos nas maquinas da lan lan

para os ferros erguer,

Ferros erguer, e mais - cordão solto no tenis entrançar.

Tua frágil cabeça guarda dez gramas de estanho que te fez adormecer.

os pés nu entre vidraças estraçalhadas,

Pelos cantos sobras de comida e seu cachimbinho ensangüentado.

Velas negras restos de jornais, para arder por ti,

Por ti arder, e jamais...