O SABER POR NÃO SABER
“Só sei que nada sei.” Já li essa frase!
Ah, se soubesse de alguma coisa...
Tudo não seria assim tão simples, mas se assim o é...!
É por uma boa razão, por não saber o que não se sabe.
Ou seria uma ilusão saber?
Ilusão por saber que..... Tudo sabem!
Ora, saberia que nada sei!
Se soubesse de alguma coisa...
Essa coisa seria ou teria algo a saber?...
Se não sei de coisa alguma no saber que se sabe,
Que julgam saber o que nada sabem...
De certa forma, não saberemos onde e nem quando
Devemos buscar a sabedoria no saber de quem sabe.
— Quem sabe?...
Saber é um defeito por saber que sabe —
E que não deveria nunca saber.
— Nunca se sabe!
Por imaginar saber que sabes e,
Por que, ele não procura saber o que ainda não sabe...
Isso os levaria para o real saber que não sabem
Como é verdadeiramente aprender a saber o que não sabem.
— Não quero nem saber de quem sabe!
Por pensar que sabe...
É uma cenografia da cumplicidade por um sabor
Da mais amarga ilusão de imaginar e achar que sabe.
Simplesmente por não saber e pela simples razão de ser
E não conhecer o saber...
É sofrer por não saber viver!
— Vai saber!...
Sofrer igualmente é saber que vivemos sem saber o real sofrer
Por não saber, por não querer sofrer sem saber por quê.
O sofrer por achar que o saber é simplesmente uma razão de viver...
Viver o sabor do saber, mesmo sabendo que o sofrer também é viver;
Saber por saber o que ainda não sabemos e, talvez nunca saberemos.
Aprender a sabedoria do saber — é saber que nada se sabe!
Agosto de 2007