Barulho de Elefante


O ruído rabiscou um barulho silencioso
no silêncio
Tentei dizer para o ruído PSIU!
Mas era um barulho muito astuto
no silêncio
Barulho ameaçador
Terrível sussurro,
Assustando em sonsonete.

O silêncio engolia a seco
a taquicardia que sofreu
ao ser assustado pelo barulho
que já estava enorme e
forte como um elefante
apavorando o silêncio.

O barulho engole vorazmente
um punhado de fermento
e ele cresce, cresce...
e o silêncio, aos poucos,
cala dentro da massa.


*(Poesia desta autora publicada no livro “Outros poemas” – Coletivo de poetas Sindicato dos Escritores no DF)  
Onã Silva A Poetisa do Cuidar
Enviado por Onã Silva A Poetisa do Cuidar em 05/02/2009
Reeditado em 06/02/2009
Código do texto: T1423470
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