MULHER COMUM
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MULHER COMUM
Não sou mulher de requintes,
Da escultura do corpo:
O meu fascínio, é o da mente.
No entanto, relegada
Às sombras de algum carinho,
Ao pouco tempo de alguém,
Sou, por vezes, machucada,
Esquecida e magoada...
É o tempo em que valem aquelas
Mulheres exuberantes,
Que, embora não sendo brilhantes,
São audaciosas e belas,
Um pouco maliciosas
Sedutoras, provocantes...
Tenho carinho, meiguice
E um amor sem limites.
Mas será que isso importa?
Foi o que alguém já me disse:
A beleza é que abre a porta!
Ana Wagner
* Este é um pequeno e bem humorado protesto contra a ditadura dos valores estéticos.