INIQUIDADES...

A crueldade escondida e mascarada

De múltiplas faces semi-mutiladas

Que encobrem tanta perversidade

No manto social da insanidade

Onde a vida escorre à céu aberto

Pelas calhas e subterrâneos dos esgotos

Dos seres humanos mais escrotos

A cultuar um mundo de dessemelhança

Onde quem padece é o velho e a criança

No sofrimento da falta de assistência

Vivem maltrapilhas como subespécies

Sujeitos a todos os tipos de doenças

É a nossa sociedade do preconceito

Onde se reza ao deus da economia

Ligados aos ais das bolsas de valores

Cultuando as mais vis moedas podres

De um lado o delírio ao papel virtual

Do dinheiro lavado a quaisquer gostos

Do outro o mundo governado pela droga

Indústria e turismo do sexo e do consumo

Até quando o homem será assim caolho

Com as vendas sob seus próprios olhos

Investindo seu poder na morte a todo preço

Sem rever seus princípios desde o começo?!

Quando acordar talvez seja tarde...

Hildebrando Menezes

Nota: Inspirado no texto ‘DESIGUALDADE’

da poetisa Salomé http://www.recantodasletras.com.br/poesias/1418148

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 01/02/2009
Reeditado em 02/02/2009
Código do texto: T1417158