INIQUIDADES...
A crueldade escondida e mascarada
De múltiplas faces semi-mutiladas
Que encobrem tanta perversidade
No manto social da insanidade
Onde a vida escorre à céu aberto
Pelas calhas e subterrâneos dos esgotos
Dos seres humanos mais escrotos
A cultuar um mundo de dessemelhança
Onde quem padece é o velho e a criança
No sofrimento da falta de assistência
Vivem maltrapilhas como subespécies
Sujeitos a todos os tipos de doenças
É a nossa sociedade do preconceito
Onde se reza ao deus da economia
Ligados aos ais das bolsas de valores
Cultuando as mais vis moedas podres
De um lado o delírio ao papel virtual
Do dinheiro lavado a quaisquer gostos
Do outro o mundo governado pela droga
Indústria e turismo do sexo e do consumo
Até quando o homem será assim caolho
Com as vendas sob seus próprios olhos
Investindo seu poder na morte a todo preço
Sem rever seus princípios desde o começo?!
Quando acordar talvez seja tarde...
Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado no texto ‘DESIGUALDADE’
da poetisa Salomé http://www.recantodasletras.com.br/poesias/1418148