Teimoso Transitar na Terra dos Poetas
Há quem deseje ser poeta
De uma só e única cidade.
Há quem cante um Estado,
Um País ou Continente.
Há quem ultrapasse fronteiras
Sendo Poeta de todo Planeta.
Outros são mais que terrestres poetas,
Cantam para as mais longínquas estrelas,
Imitam os cânticos maviosos angelicais,
Sorvem das Galáxias os florais celestiais!
Vida curta,
Pequena, ínfima
Para Arte tão vasta!
E o Verdadeiro Poeta
Aspira viver além terra,
Terra, prá lá da vida etérea…
Ai de quem se entrega
Somente à uma única terra,
Por fanatismo ufanista,
Seja fértil, gélida ou árida.
Bendito o canto anarquista,
Além limites de entranhas
Que nos expulsa após vivência
Como estrangeira experiência,
De insepulta social negligência!
Não quero ser um poeta
De uma única cidadela,
Quero ter cânticos cósmicos,
Muito além limites provincianos…
O menoscabo e furor
De vilanias político-golpistas,
Apenas adubam sementeira e encantos,
Íntimos brotares de angélicos cânticos,
Na descoberta de uma vastidão
Sem fronteiras de minha dor
Em versos do sangue da Arte-Paixão!
Palmares, julho,25/2002.
(inspiração sobre a coletânea “Poetas dos Palmares).
Do Livro ESQUECERAM QUE OS POETAS SABEM VOAR (1ª Edição publicada dia 13 de Julho de 2004 e 2ª Edição publicada dia 30 de Dezembro de 2004).
Mais informações no site do autor: www.jaorish.xpg.com.br
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