Além Limites de 2000
Não sou poeta do Ano Dois Mil!
Não pertenço a tempo ou espaço presente,
Talvez sou um extraviado, da Galáxia ausente,
Caído de um acidente alienígena, meteórico,
Terrestre adotado de algum exílio além galático.
Não sou poeta do Ano Dois Mil!
Patriota da Pátria da busca do mundo sem fronteiras,
Desde quando aportei aqui,
Estrangeiro no Lar onde nasci.
Estranho ser lampejando nublada sociedade, contrafeito.
Não sou poeta do Ano Dois Mil!
Vivo em sonho, além tempo e espaço;
Prefiro me identificar atemporal,
Einsteniana viagem, visão quântica,
Além governos de atraso cartesiano!
Não sou poeta do Ano Dois Mil!
Anseio viagens além Sistema Solar,
Convidado adiado de Jornada Estelar.
Amo os mares, montanhas e florestas.
E, até hoje, na Terra, me sinto estrangeiro.
Não sou poeta do Ano Dois Mil!
Escrevo para o Infinito, colho flores para a Eternidade!
Livre pensador, afrontando a métrica,
Liberto da contagem progressiva e regressiva,
Sou do ontem, há milênios, com passos de futuro!
Não sou poeta do Ano Dois Mil!
Este ano termina no final deste ano!
Quero ter o Infinito da Arte, em busca do Amor Eterno,
Não quero o finito de ser apenas deste ano!
Subverto o Sistema, sem regras, invento o texto
Para afrontar “modelo” mecânico e burocratas do grotesco!
Palmares, julho,2/2000
(Inspirado numa coletânea local na qual não me inseriram e em poetas que denominaram-se “Poetas do Ano 2000”).
Do Livro ESQUECERAM QUE OS POETAS SABEM VOAR (1ª Edição publicada dia 13 de Julho de 2004 e 2ª Edição publicada dia 30 de Dezembro de 2004).
Mais informações no site do autor: www.jaorish.xpg.com.br
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