Garoto de Rua

Garoto de rua chora

Lagrimas petrificadas

A lhe sangrar as horas.

Ele não tem ódio,

Somente dor

E mais uns dias sombrios.

Assim mesmo, espera

Que uma noite piedosa venha

E ele possa esquecer

Que o amanhã existe,

Que ele é um sonho mal feito

Num domingo de chuva.

Uma vez desejou

Presenciar conversas que nunca ouviu,

Beber o vinho das capas de revista.

Garoto solitário,

Costura de velhos retalhos,

Não sabe diferenciar a vida da morte,

Dois caminhos iguais

que lhe apertam o coração.

LLP
Enviado por LLP em 31/12/2008
Código do texto: T1361116
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