Liberto é o pensamento da palavra do Poeta!
A voz que cala:
Só no verbo expressa
O que Arte atesta.
É alicerce da fala.
A palavra que não erra:
Explode em mim,
Num vôo sem fim;
Não precisa maldita erva.
Sae natural e extasia,
Livre de droga que inebria.
É pura essência poética,
Divina inspiração benéfica.
Alarido que não é inerte,
Na enganosa popular fantasia:
É dinâmica viva poesia.
Contra truculência investe.
Tormentas não destroem a verdade,
Se as botas de cruel repressão,
Proíbem minha vocal expressão
Em meus versos de eternidade.
Cala-se ao canto da verdade;
Não se cala o pensamento,
Nem do poeta o intento
De escrever sem temeridade.
Quem reprime da Arte o progresso
Proíbe a sublimidade, ternura e amor
Estimulando somente o medo e o pavor.
Mas terá triste fim, isso eu atesto!
28/01/2006.
© Jaorish Gomes Teles da Silva
Do livro QUIXOTESCÂNTICO
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