Dispensável
Ô seu burguês lixo da sociedade
O que é não gosta de mim?
Seu burguês lixo da sociedade.
Eu sei que não ligas a tv
Seu burguês lixo da sociedade
Só para não ver
O sintoma causado por sua mordomia
Seu burguês lixo da sociedade
Você não gosta da realidade?
Seu burguês lixo da sociedade.
Você me da nojo
Seu burguês lixo da sociedade
Como já dizia cazuza:
A burguesia fede
E fede mesmo
Seu burguês lixo da sociedade.
Eu sei que você tem medo da noite
Seu burguês lixo da sociedade
Porque é pela noite
Que você vê o rosto das crianças
Seu burguês lixo da sociedade
Aquelas que passam fome
Aquelas que enquanto você dorme
Elas também dormem, não por sono
Mas embaladas pela exclusão
Seu burguês lixo da sociedade.
Eu sei que você vê o rosto de sua irmã
Naquela criança que se prostitui
Eu sei que vê seu pai
No idoso a esmolar
Seu burguês lixo da sociedade
O que é quer chorar?
Chora que eu gosto
Gosto de ver-te amedrontado
Gosto de ver o seu medo
Gosto de te ver tremer
Você sente medo?
É... foi o que você criou
Você criou os (monstros).
Ô seu burguês cumulo do egoísmo
Quantas vezes desprezastes os fracos?
Quantas vezes feriu os teus colegas?
Se é que tem
Seu burguês cúmulo do cúmulo
Do lixo da sociedade, repudio-te.
E aí seu burguês você é ou não
O lixo da sociedade?
Você é ou não dispensável?