Dispensável

Ô seu burguês lixo da sociedade

O que é não gosta de mim?

Seu burguês lixo da sociedade.

Eu sei que não ligas a tv

Seu burguês lixo da sociedade

Só para não ver

O sintoma causado por sua mordomia

Seu burguês lixo da sociedade

Você não gosta da realidade?

Seu burguês lixo da sociedade.

Você me da nojo

Seu burguês lixo da sociedade

Como já dizia cazuza:

A burguesia fede

E fede mesmo

Seu burguês lixo da sociedade.

Eu sei que você tem medo da noite

Seu burguês lixo da sociedade

Porque é pela noite

Que você vê o rosto das crianças

Seu burguês lixo da sociedade

Aquelas que passam fome

Aquelas que enquanto você dorme

Elas também dormem, não por sono

Mas embaladas pela exclusão

Seu burguês lixo da sociedade.

Eu sei que você vê o rosto de sua irmã

Naquela criança que se prostitui

Eu sei que vê seu pai

No idoso a esmolar

Seu burguês lixo da sociedade

O que é quer chorar?

Chora que eu gosto

Gosto de ver-te amedrontado

Gosto de ver o seu medo

Gosto de te ver tremer

Você sente medo?

É... foi o que você criou

Você criou os (monstros).

Ô seu burguês cumulo do egoísmo

Quantas vezes desprezastes os fracos?

Quantas vezes feriu os teus colegas?

Se é que tem

Seu burguês cúmulo do cúmulo

Do lixo da sociedade, repudio-te.

E aí seu burguês você é ou não

O lixo da sociedade?

Você é ou não dispensável?

Ledif
Enviado por Ledif em 18/12/2008
Código do texto: T1342052
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