O AVESSO DAS LEIS
Olha esta presa andando pela rua,
Condenado pela cúria do Senado,
À fúria dos leões...
Corre o coitado se esquivando em esquinas,
Contudo, cai nas garras assassinas
Das cruas legiões...
Esse que rouba é dos mesmos que o protegem...
Quem vende o voto que o canalha elege
Não pode defender-se...
Há um bando empanado em paletó
Que do pobre coitado não tem dó...
Mudaram-se os valores...
Num país onde o povo é indecente,
Ali, quem é honesto não é gente...
Não ouvem a sua voz.
Há uma pérfida e maldosa hipocrisia
Nas leis que não protegem as Marias,
Mas somente o seu algoz.