TERREMOTO
Em cada rosto o pânico estampado,
em cada olhar o trágico, o conflito;
e o medo triste em todo mexicano
e a dor doendo em todo ser humano.
Pelos jornais, nas fotos da tragédia,
o sofrimento nos entulha a vista:
duas populações por entre escombros
e da desgraça o sísmico nos ombros.
Os mortos (incontáveis!), no resgate,
tomam números, são do anonimato...
As lágrimas nos olhos, como rios,
nalma o terror geral faz calafrios.
(Setembro, 1985)
Fort., 08/12/2008.