DESAMPARADO

Mesmo quando os Senhores da Economia

Dizem

Que esta

Está a crescer

De nada me serve

Pois pouco ou nada

Tenho para comer

Os dias são noites

E as noites dias

E não tenho sequer onde dormir

Nas ruas da grande cidade

Que possui tudo

Menos a resposta

Para onde devo eu ir

Tendo como manta

As estrelas

Ou a chuva a cair

O que poderia até ser romântico

Se de tão amarga

Esta realidade

Me faz amargamente sorrir

Não tenho dinheiro para nada

E nada há para fazer

Parece que estudei demais

E sou um embaraço

Para a toda a gente

Que ignora

O que tenho para oferecer

E assim

Debaixo das grandes luzes que iluminam a humanidade

Contento-me

Com as migalhas

Que me dá

Episodicamente

Esta Sociedade…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 25/11/2008
Código do texto: T1302067
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.