DESAMPARADO
Mesmo quando os Senhores da Economia
Dizem
Que esta
Está a crescer
De nada me serve
Pois pouco ou nada
Tenho para comer
Os dias são noites
E as noites dias
E não tenho sequer onde dormir
Nas ruas da grande cidade
Que possui tudo
Menos a resposta
Para onde devo eu ir
Tendo como manta
As estrelas
Ou a chuva a cair
O que poderia até ser romântico
Se de tão amarga
Esta realidade
Me faz amargamente sorrir
Não tenho dinheiro para nada
E nada há para fazer
Parece que estudei demais
E sou um embaraço
Para a toda a gente
Que ignora
O que tenho para oferecer
E assim
Debaixo das grandes luzes que iluminam a humanidade
Contento-me
Com as migalhas
Que me dá
Episodicamente
Esta Sociedade…