O SOBERANO SOBERBO

Eis que ele lá vem

Com coroa, capa

E charuto

Vem o soberano soberbo

Trazendo em sua calda

Um pobre negrinho matuto.

Ele olha por beira de olhos,

E o matuto ainda está lá;

Atrás da cortina

Por baixo do pano

Suspeita de tudo

Olha, e re-olha

Se escondendo no fundo

Da própria humana falha.

Daiane Durães
Enviado por Daiane Durães em 16/11/2008
Reeditado em 18/11/2008
Código do texto: T1285798