Sol Quadrado


Sol quadrado

Na cela fria da cadeia
Onde passarás os teus dias
No emaranhado desta teia
Suportarás as tuas agonias

O sol que dourava sua pele
Para te, agora será minguado
O chão frio que te amarele
E então... viverás acuado

Liberdade que se foi
Por uma causa maldita
E agora queres um oi!
Morreu o lado bom da vida!

Viverás com os teus manos
A espreitar da janela
Tecendo escadas de panos
Urdindo uma escapadela

Todos desejam livrar-se
Dos escabrosos aposentos
Ficam sempre a imaginar-se
Serem livres como o vento!

Um dia talvez... já velho!
Enrugado e acabrunhado
Igual um escaravelho
Um trapo abandonado

DINÁ

112008