Sobre meu nascimento e minha morte!

Não sei quando nasci,

nem o pressinto,

e nada pode assegurar-me,

quando se concretizou

meu nascimento.

Cada dia é nascer um pouco,

e outro pouco morrer, é cada dia;

quando partimos ou quando voltamos,

nascemos e morremos, que ironia!

Nascemos ao termos novas vivências,

morremos ao sofrer uma injustiça,

e crescemos às custas da inclemência,

do sofrer a cada dia com as notícias.

Nada pode dizer-me quando nasci,

se com o primeiro pranto,

ou com o primeiro golpe;

nasci ao sair do ventre de minha mãe,

e nasci ao me sentir mulher;

porém, tenho mil mortes;

que vivo a cada dia,

ao ver a injustiça em tantas coisas.

Enfim, quem sabe,

meu nascimento e minha lápide,

sejam a mesma coisa...

Koka
Enviado por Koka em 07/11/2008
Código do texto: T1270957
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