Oh! Natureza como és bondosa!
Ferem teu rosto, cortam-lhe as raízes;
Magoam tua alma; Perturbam teus ouvidos;
Calam tua voz.
Secam tuas seivas e apagam teu sorriso.
Revestem teu corpo com vestes duras e escuras;
Enchem de gazes o ar que respiras;
Maltratam as flores que te dão alegria;
Que desrespeito!
No entanto no teu peito
Há um carinho para cada um.
Insistes em colocar cores no mundo
E brotar, brotar, brotar
As árvores que te roubam
Na ânsia de proteger-nos.
Tuas lágrimas tentam renovar os rios
E por dias e dias a fio, procuras regenerar-se.
Mas ninguém reconhece, e aumentam tua ferida.
Na ânsia de ser bem sucedida
A humanidade esquece
Que tu és a própria VIDA.
SP/22/10/2008