A DESOLAÇÃO DA FOME
Somos 14 milhões de infelizes miseráveis
Excluídos! Desprotegidos! Abandonados!
Tendo só a fome... Um abutre insaciável
Como ser humano me sinto envergonhado
E resolvi compor estes versos indignados
Porque só vejo solução no amor e na caridade
Em políticas públicas com programas sociais
Que podem ajudar a cicatrizar a ferida aberta
Insisto aos poetas do poder e dever da poesia
Denunciar a falta de cuidados aos necessitados
Tema relevante e meritório a ser priorizado
Ameniza-se a chaga dessa doença tão revoltante
A nos cobrar as providências sábias e urgentes
Negligenciadas a séculos como seres invisíveis
Subespécies vista como meros e simples répteis
É como receber um forte soco no estomago
Estar diante de tamanha e cruel insensibilidade
E não é só fome de comida, mas de dignidade
Educação, saúde, habitação, trabalho...
Enfim oportunidades de vida digna para todos!
O que nos causa espanto e completa indignação
Vimos aqui e agora cobrar atitude e criatividade
Sem perder a esperança e a decidida vontade
De arregaçar as mangas e usar da inteligência
Para combater o salutar e valente bom combate
Contra o culto do falido capitalismo selvagem
Da insana exploração do homem pelo homem
E não há como enxugar a este tipo de lágrima
A não ser soltar o seu grito e doar a sua chama
Para ver um mundo melhor. Acorda! Salta da cama!
Todos juntos com amor unindo forças que inflamam
Aliviando assim a dor dos tristes e desconsolados
Causado pelo castigo impiedoso do desamor e do ódio
Iremos apreender a olhar profundo com outros olhos
Vamos lá à essência das causas e suas conseqüências
Na transformação real em atos solidários e corajosos
Que alimentam o coração, a barriga, alma e a mente
Realizaremos um sopro de vida pela boca dessa gente.
Hildebrando Menezes
Nota: Seja bem-vindo ao meu mundo da poesia. Venho dizer da alegria de vê-lo aqui. Vi por ai pelo gosto dos vídeos, livros, poesias, etc. que temos muito em comum e penso que isso pode fazer crescer a nossa amizade. De ontem para hoje eu andei pensando em escrever sobre as questões sociais como uma forma de ajudar na diminuição das injustiças e da miséria. Lembro que à época de Herbert de Souza (Betinho) – Ação da Cidadania Contra a Fome a Miséria e Pela Vida - éramos mais de 32 milhões de flagelados pela miséria. Hoje baixamos para 14 milhões e que nosso grito ecoe ainda mais forte para que não exista mais nenhum abandonado sobre o solo brasileiro. Sonhar não custa nada. Vamos poetar sobre o assunto? Papai do Céu agradece e o Brasil se engrandece.
Abraços!
Hilde