Minha terra ainda
Tem palmeiras?
Sabiás? Amores?
Céus? Estrelas?
Mas, Deus, quanta besteira.
Tem sim, principalmente
O grito de um povo
Excluído,
Querendo sobreviver
Pedindo para não morrer,
Trancafiado em guetos,
Subjugado e ferido,
Sem cidadania, moradia
Ou cortesia.
Minha terra não tem mais
Palmeiras, nem estrelas nem sabiás,
Porque antes tudo era mais doce.
Hoje, a fome corta como punhal
A disparidade social.
Deixamos, muitos de nós, de ser
Poetas e simplesmente
Passamos à indignação de
Ver um nosso irmão
Tão abandonado, tão carente
Tão desamparado, tão humilhado.
Antes de apreciatmos as palmeiras,
Os céus, os sabiás e as estrelas,
Teremos que cuidar do outro,
Ferido pela fome,
Segregado pela indiferença,
Passando a todo momento
Despercebido por todos esses
Que param ainda para
Olhar as estrelas, os céus, os sabiás
E esquecem, verdadeiramente,
Daqueles que devem salvar!
Tem palmeiras?
Sabiás? Amores?
Céus? Estrelas?
Mas, Deus, quanta besteira.
Tem sim, principalmente
O grito de um povo
Excluído,
Querendo sobreviver
Pedindo para não morrer,
Trancafiado em guetos,
Subjugado e ferido,
Sem cidadania, moradia
Ou cortesia.
Minha terra não tem mais
Palmeiras, nem estrelas nem sabiás,
Porque antes tudo era mais doce.
Hoje, a fome corta como punhal
A disparidade social.
Deixamos, muitos de nós, de ser
Poetas e simplesmente
Passamos à indignação de
Ver um nosso irmão
Tão abandonado, tão carente
Tão desamparado, tão humilhado.
Antes de apreciatmos as palmeiras,
Os céus, os sabiás e as estrelas,
Teremos que cuidar do outro,
Ferido pela fome,
Segregado pela indiferença,
Passando a todo momento
Despercebido por todos esses
Que param ainda para
Olhar as estrelas, os céus, os sabiás
E esquecem, verdadeiramente,
Daqueles que devem salvar!