Percorre o Mundo uma Crise violenta...
Percorre o Mundo uma Crise violenta
e eu, pobre cidadão dele, do Mundo,
pergunto-me, sumido em remorsos:
«Serei eu o culpável desta crise infeliz
ao livremente eleger gentes
por que votei livremente?
Se fui, arrependo-me triste e grave:
mussitarei oração pertinaz
à Democracia
e nela pedirei que, como deusa complacente,
me perdoe.
Em diante elegerei gentes que não nos mergulhem
em crises violentas,
mas que procurem
a paz perpétua
e o amor fraterno
em liberdade e igualdade revolucionárias...»
(Neste momento,
neste preciso momento,
acordo e vejo
que Democracia
nada tem a ver
com deuses,
mas sim com cregos
e com toda a malta sacerdotal...)