PRECE
Mãos calejadas!
Mãos suplicantes!
Mãos ofertantes!
Imantadas pela oração.
Essa que escapa
pela boca.
Penetra no ser.
Aspira à dualidade,
Corpoalma!
Pobre, vitima da seca,
Nordestino errante,
Cunha no espírito forte,
o poder da fé.
Dobra os joelhos,
pra ouvir no murmúrio,
do vento, a voz,
imutável de Nosso Sinhô.
E, assim, espera...
Olhando nos olhos,
da sua mãe,
as lágrimas.
Recompensa,
Oferenda,
Doação.
Materna!
De um inverno,
aguado,
No sertão.