Paredes
Em meio a estes
Arranha-céus de luzes ofuscantes
Minha mente vagueia
Por entre paredes de tijolos descobertos
Que choram de miséria.
Paredes vizinhas, coladas
Separadas por finas vielas tortas
Cheias de sonhos e fantasias.
Paredes tristes,
Amedrontadas com o terror
Da vida que vivem sem querer.
Com essa vida
Que se leva nestas paredes
Só mesmo mergulhando na cerveja
Com uma única forma de alegria.
O Samba, música esta
Que enche nossa alma
De alegria e esperanças
Fazendo-nos esquecer
Dos prédios lá fora.