MAIS UM NAS ESTATÍSTICAS

A cidade seguia em ritmo normal para uma segunda

Pessoas passando a toda, carros avançando os sinais.

No cenário, arranha céus, banhados por um fina chuva

Testemunhavam mais uma covardia humana contra paz

Abriam-se as cortinas da barbárie urbana rotineira

Discípulo-escravo de um tempo febril e insano

Seguindo rumo ao cotidiano de luta, sempre a beira.

Da crueldade dos homens, da guerra de prantos.

Um homem-vítima, que o erro foi estar no lugar errado.

Tem o orgulho ferido, na mira de uma arma, em plena calçada.

Tem os bens na frente de todos que passavam, roubados.

Clamando socorro, pelo pouco que tinha ter sido levado.

Permaneceu chorando, de joelho pelo que perdia.

Que durante o mês alimentariam seus filhos e filhas

E como se fosse cena do trágico drama social que seguia

A cidade continuava na mesma, era só mais uma honra que se feria.