As árvores coloridas de verde cidade
As árvores coloridas de verde cidade
As suas folhas murchas e amareladas coloriram a calçada
E o vento da preamar leva em seus braços
Muitos risos banguelas das crianças nas esquinas sombrias
Perfumadas de cola nas garrafas de água mineral
Que mata a sede de fantasias de um mundo de irrealidades
Nas sombrias garras da realidade suja.
Crianças brincam de pic-esconde com garras de cola,
Brincam de pega-pega com o vento,
Riem para as árvores coloridas de verde da cidade da criança (criança?! criança de rua!)
As folhas murchas e amareladas se misturam com as filhas de jornais
Nas esquinas sombrias do tempo da criança.
Que cobre seus corpos franzinos no relento da orfanata cidade.
Que ainda olha próis seus órfãos como se fossem animais selvagens
Em uma selva de pedra.
Mas, as árvores coloridas de verde da cidade
Já não sorriem o riso infantil, pois não existe infância
Nas árvores coloridas de verde da cidade.
Sinquê de Mello.