As árvores coloridas de verde cidade

As árvores coloridas de verde cidade

As suas folhas murchas e amareladas coloriram a calçada

E o vento da preamar leva em seus braços

Muitos risos banguelas das crianças nas esquinas sombrias

Perfumadas de cola nas garrafas de água mineral

Que mata a sede de fantasias de um mundo de irrealidades

Nas sombrias garras da realidade suja.

Crianças brincam de pic-esconde com garras de cola,

Brincam de pega-pega com o vento,

Riem para as árvores coloridas de verde da cidade da criança (criança?! criança de rua!)

As folhas murchas e amareladas se misturam com as filhas de jornais

Nas esquinas sombrias do tempo da criança.

Que cobre seus corpos franzinos no relento da orfanata cidade.

Que ainda olha próis seus órfãos como se fossem animais selvagens

Em uma selva de pedra.

Mas, as árvores coloridas de verde da cidade

Já não sorriem o riso infantil, pois não existe infância

Nas árvores coloridas de verde da cidade.

Sinquê de Mello.

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 24/08/2008
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