Eu acredito no povo... na nossa gente!
Vejo gente da gente.
Gente sofrida, gente sem crédito.
Gente sem esperança
E nem mesmo a procurar
Um ideal,
Ou, ao menos, um alento.
Acreditar que ainda é possível,
Entre tantas mazelas,
A acreditar no mundo melhor
(Que talvez poderia lhe pertencer...).
Mas eu acredito na nossa gente!
Na nossa gente sofrida,
Mas que trabalha e luta,
Entre sua laboriosa e diária labuta,
Na construção de um futuro que deveria lhe pertencer,
Mas que é espoliado
Por aquele que o insulta
Com sua prática injusta.
Eu acredito na nossa gente,
Muito mais que a mim mesmo.
Eu acredito nessa nossa gente...
Que do suor do seu corpo e da sua abatida mas esperançosa alma,
Constrói com suor, lágrimas e sangue,
Os pilares do nosso Brasil.
Eu acredito no povo,
Porque são eles que fazem,
Querendo ou não,
O que temos e o que queremos.
São eles que por vezes sustentam
A nossa vontade egoísta e hipócrita.
São eles... gente humilde do nosso povo!
Eles que sustentam a vã soberba,
Em meio a tanto imbecilismo
De quem sequer sabe o porquê de tanta miséria,
Numa pátria que seria tão feliz e próspero,
Com o povo sendo o legítimo legatário do nosso país.
Eu acredito no povo.
Eu acredito que um dia,
Eles darão um brado de liberdade,
Na luta pela igualdade,
Tão massacrada e mascarada
Por uma burguesia que tenta impôr goela abaixo uma democracia abstrata.
Uma burguesia que não consegue disfarçar a verdade das verdades:
"DEMOCRACIA SEM IGUALDADE JAMAIS SERÁ DEMOCRACIA!"
Por isso, eu acredito no povo
E na legião de líderes populares
Usados por Deus
Para lutar por essa gente.
Entre guerreiros tantos, tais quais os Vargas, Brizolas, Jangos, Arraes,
Prestes, Darcys e tantos outros anônimos batalhadores,
Que deram por si o seu tempo e a sua garra pela nossa gente,
Eu acredito no povo!
Eu acredito no meu país, por causa do meu povo!
E uma dia, ainda verei, com lágrimas, entre a alegria e a certeza,
O nosso povo cidadão, com qualidade de vida,
Dia e noite, noite e dia,
Vivendo e vivenciando, de forma vivificadora, a sua vida!