SOBREVIVENTE

Entre a terra e o céu,

O nordestino ,caminha num vem e vai.

A terra é seca e de rachar,

E do céu, nem uma gota cai.

O dia, acorda claro e rústico.

O sol amarelo ouro ,bate nos canaviais.

E rega o choro rouco,

As gargantas secas de ais.

Que na estrada da vida,

Vai cortando a cana ,como corta a alma,

Na angústia da antevida,

Claramente retratada na lágrima.

E quando à tardinha cai,

Encontra o nordestino sobrevivente.

Que no torpor do sono...vai

Dormir cansado, em cama quente.

Alzira Paiva Tavares

Olinda 19/07/08

arizla
Enviado por arizla em 04/08/2008
Reeditado em 16/08/2008
Código do texto: T1112967
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.