SOBREVIVENTE
Entre a terra e o céu,
O nordestino ,caminha num vem e vai.
A terra é seca e de rachar,
E do céu, nem uma gota cai.
O dia, acorda claro e rústico.
O sol amarelo ouro ,bate nos canaviais.
E rega o choro rouco,
As gargantas secas de ais.
Que na estrada da vida,
Vai cortando a cana ,como corta a alma,
Na angústia da antevida,
Claramente retratada na lágrima.
E quando à tardinha cai,
Encontra o nordestino sobrevivente.
Que no torpor do sono...vai
Dormir cansado, em cama quente.
Alzira Paiva Tavares
Olinda 19/07/08