Homem moderno
Homem doente ou cruel
Que critica a menina suaja e maltrapilha
Que se enconde ao vento
Ah! vento cruel, que se assemelha ao tempo
Que sangrento lhe rasga o ventre
Lhe esvazia os dentes
Lhe consome a mente
Ah! Tempo de sol e de calor
De sede e de suor
De enchente e de doenças
De mortes e descrenças
Ah! Dia de luta e de fome
De miséria infame
De pobreza e humilhação
De desprezo da população
Ah! Noite, noite que chega sonolenta
Que chega e arrebenta
E os misterios são normais
Quando as surpresas são fatais.
Daiana Caldeira