Homem moderno

Homem doente ou cruel

Que critica a menina suaja e maltrapilha

Que se enconde ao vento

Ah! vento cruel, que se assemelha ao tempo

Que sangrento lhe rasga o ventre

Lhe esvazia os dentes

Lhe consome a mente

Ah! Tempo de sol e de calor

De sede e de suor

De enchente e de doenças

De mortes e descrenças

Ah! Dia de luta e de fome

De miséria infame

De pobreza e humilhação

De desprezo da população

Ah! Noite, noite que chega sonolenta

Que chega e arrebenta

E os misterios são normais

Quando as surpresas são fatais.

Daiana Caldeira

Daiana Caldeira
Enviado por Daiana Caldeira em 29/07/2008
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