OS CAVALEIROS DE PANDORA
OS CAVALEIROS DE PANDORA
Tropas do Apocalipse galgam a proeminência íngrime.
Como morcegos ávidos por plasma,
Bebem, indiscriminadamente,
Sangue de honestas e contaminadas ferramentas:
Ambas deveras voláteis, obsoletas!
Adrede e de bom grado o fazem.
O fazem pois possuem três pérolas preciosas
Em sua concha de desejos guardadas. São elas:
Em primeiro lugar,
Enaltecer a torpe quimera da boa proteção.
Em segundo lugar,
Livrar-se da andrômeda de ameaças que obstem sua ascensão
E em último lugar,
Fabricar copiosa mão-de-obra para tornar indestrutível
A garrida e impenetrável mansão.
Por isso, galgando, eles vão!
Ah, e, na roda-viva da tirania, a ordem se estabelece...
Ah, e, na roda-viva da tirania, um duplo dia anoitece...
Ah, e, na roda-viva da tirania,
A morte paira por sina sobre aqueles que já jazem sobre o arquete
De uma desgraçada vida!
Ah, e depois, lá vão-se embora
OS CAVALEIROS DE PANDORA.
Ah, e depois, lá vão-se embora os anjos:
OS ANJOS DA BOA HORA!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA