Meu Menino.
Nasceu em uma favela
Num barraco decadente...
Menino fraco e doente,
A mãe, uma adolescente!
Já nasceu sem sobrenome
Conheceu cedo a fome,
A miséria, a pobreza,
A palidez e a magreza.
Por um traficante, adotado,
Aos tóxicos, apresentado,
Ao mal ele sucumbiu.
Toda a bondade sumiu.
Foi-se embora a inocência,
Aceitou a violência,
Do seu destino cruel!
Morreu menino ainda,
Com uma bala perdida...
Livre, voou para o Céu!