No limite

O que pensam os agora, impenetráveis?

Os de semblantes que não se irradiam

Que, só quando querem, não disfarçam

suas experiências inimagináveis?

Que seqüência seguiria

o desenrolar sombrio

de lógica sinistra e fria

que imprimem em suas caras?

Quando se perderam os valores antes existentes?

Em que ritmos foram demovidos sucessivamente?

Quanto de ingenuidade ainda restará nesses entes?

Que resquícios de humanidade ainda paira em suas mentes?

Quiçá a proporcionalidade entre índole e meio-ambiente

seja mais para os cernes bons, preponderantemente...

E que em algum momento o convívio com o mal

Não lhes custe para viver além do essencial.

Que a sua amarga missão seja vista no juízo

Que com tudo que lhe ronda se mantenha o que é preciso

E que esta condição não lhes trague a cabeça

E o melhor do coração, apesar disso, permaneça.