Lá pras bandas
nos meios espaços
dos lugares escuros
nas veias correm
o sangue imundo
que clareiam a sujeira
do submundo
cheiros de fumaça
nos bordéis
a puta inalou e sonhou
buquê de flores de laranjeira
com o sim na beira do altar
prazeres lascivos, vacilou
barriga ganhou
filhos com coronéis
no fio de velhas calçadas
descartam suas crias
gabrielas de Amado
crianças e mendigos
se fazem herdeiros
direitos adquiridos
nos quartos dos puteiros
ossos do oficio
formam
cafetinas
gigolôs
contos, cantos, copos
e jagunços ganham
nas pontas das facas
garrafas em garrafas
bebem corpos
esperam um
próximo trem
para mandar alguém
a estação além
em nome do pai
amém...