O INFERNO DE DANTAS
DISCURSO DE THEMIS, A DEUSA DA JUSTIÇA, SOBRE O SEU AMOR INCONDICIONAL AOS POBRES BANQUEIROS QUE DESCEM AOS CÍRCULOS DO INFERNO...
Tomai vosso corpo de volta
Ó mui gentil e digníssimo amigo
Com certeza sois Santo e irmão
Não ligueis para o féu do inimigo
Quem ousar retrucar-me de certo?
Cessear-te a liberdade e o afeto
Empurrar-te ao Oitavo dos Círculos;
O mais indígno recanto do Inferno
Ali só se achegam o que não és!
Esterco, pilhagem e lama
Gente imersa em fossa de abismos
A cobrir-se a cara e as tramas
Porém eu, SUPREMA JUSTIÇA
Digo não ao insulto das feras
Sou mocinha, ingênua e pura
Não sou velha, caduca e nem cega
Sou a mais pura de todas as belezas
Sobrevoando a nação que me adora
Minha Toga é um escudo para ti
Não te curves, esperai tua aurora
Muito mais que a Divina Comédia
Pois a todos eu digo o que é certo
Sou Faminta, Alienada e Rica
Para livrar-te desse Canto do Inferno
A verdade é demais relativa
Não me importa o desprezo e o insulto
Não me ocupo com vão populacho
A Nobreza é com quem me preocupo!