HUMANOS II
Na janela
Vela um rosto sombrio.
Sem ternura contempla
Aquele que parte
Mestre na arte
Do viver espoliado.
O que antes era fruto
Agora é raiz
Parada, pregada,
Fincada no chão
- exílio natural
Que a receberá
Quando não houver mais
Motivos de contemplar.
Mas, ainda é dia,
- esperança furtiva
De que à noite
O sonho será diferente.