HUMANOS III
Há uma flor que se abre
Na noite da vida
(onde ainda é aurora)
E tem cheiro de menina.
É menina que cheira
E que chora.
E promete prazeres
Que ainda não conheceu.
Entre letárgica e morta
Oferece seu corpo de vestal
Já iniciado
Nos mistérios profanos
Das madrugadas.
Mal nasceu e já tem
A idade do mundo.
- Infância, era o nome do filho
Que gestou e não conheceu.