HUMANOS III

Há uma flor que se abre

Na noite da vida

(onde ainda é aurora)

E tem cheiro de menina.

É menina que cheira

E que chora.

E promete prazeres

Que ainda não conheceu.

Entre letárgica e morta

Oferece seu corpo de vestal

Já iniciado

Nos mistérios profanos

Das madrugadas.

Mal nasceu e já tem

A idade do mundo.

- Infância, era o nome do filho

Que gestou e não conheceu.

Zel Soares
Enviado por Zel Soares em 13/07/2008
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