NÃO HÁ CORAÇÃO QUE AGÜENTE
Não há coração que agüente,
Levar a vida como hoje é,
Até mesmo no aguardente
Já não botamos mais fé.
Dizem que para " envelhecer ",
Até soda é adicionada,
Limonada para beber
Hoje é soda limonada.
Pião e bola de gude,
Da criança, diversão,
Ora não brinca, se ilude,
Com games e televisão.
Quase tudo é enlatado
E o que resta de natural...
Tem veneno esparramado
Para a saúde faz mal.
Dever a banco é a morte,
Quem consegue se livrar,
É rico ou tem muita sorte
Os juros são de amargar !
O que se assiste na TV,
Feliz de quem não vê,
É uma tortura à mente
E péssima semente.
Segurança é escassa
Dá-nos medo e aflição,
E a residência então passa
A ser mais uma prisão.
Não é fácil, minha gente,
Com má alimentação
E tanta preocupação,
Levar esta vida em frente !
Auro.