CAVEIRAS DERRETIDAS

CAVEIRAS DERRETIDAS

(miguel lucena)

Um fogo vivo, abrasador,

fogo celeste,

chama que chama e chora

com medo da peste,

ausente de amor.

Gravetos humanos.

As faíscas no alto da serra,

o fogo corredor das matas,

o farol que apaga e acende,

toda essa broca dentro do mato,

essa estaladeira arrepiante

são caveiras camponesas

sem paz e sem terra,

queimando nos céus,

caveiras derretidas

pagando por nós.

Miguezim de Princesa
Enviado por Miguezim de Princesa em 07/07/2008
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