"Mea Culpa"
“Mea culpa”
Por Marco Antônio de Araújo Bueno
Pequena multidão, eclética;
Congraçamento cúmplice,
Acolhedor, homogêneo.
De fronte à Matriz, acética,
Jovem estirado num banco
Recobra-se (temporal crise epilética).
Ergue-se do caos; constrangimento;
Disfarça a cicatriz da baba ao lado
De gente alheia a seu momento.
Meus olhos acompanham; acaba
Ali, empático, nosso sofrimento sumido
No meu distanciamento, antiético, assim?
Pois ajeitando cabelo em face pálida,
Por fresta entre vultos e ruído em volta,
Volta e crava os olhos justo em mim.