DE QUEM É A CULPA?
Quem são esses que colorem de ostentação, as colunas sociais?
E que furtam a mesma importância, com a qual comprarão seu continuísmo?
Porventura não são os que deveriam ocupar os cadernos policiais?
E que por moral obrigação, caberiam ser modelo de civismo?
Eles, porém, estão nas urnas da insconsciência, e na boca da revolta;
Mas sem grande prejuízo, locupletados e empanturrados de ambição;
Por muito tempo lá estão, e no próximo pleito por lá estarão de volta;
Pelas democráticas vias, da imoral permutação!
Mas de onde vêm esse estômago voraz, das amorais autoridades?
Porventura aqui chegaram, oriundos de algum planeta leviano?
Na verdade são fruto mal nascido, da própria sociedade;
Instruídos pela sofística escola, que alinha sabedoria e engano!
Flores perfumadas, num ramo de péssimo odor;
Aves que geram ovos, ou ovos que lhes dão vida?
Autoridades são condenáveis, ou caberia o ônus ao povo que as criou?
Devemos fugir pela entrada, ou adentrar pela saída?