SEM TÍTULO

não queria fazer

do jeito que sempre faço

quando sinto do vento

. ,o enlaço

que sobe do Abismo

e me agarra o braço

fazendo dançar em mim o palhaço,

e tropeçar em mais um passo

fundo, no charco

. [ das possibilidades obscenas, cruas & sem frescuras;

mas eu volto logo!

é que não me apetecem mais os botecos

e não agüento mais CULTURA tanta

- enfiada tão forte na nossa garganta

- que sangra e derrama os excessos

pela cozinha,

pelas RUAS,

sujas escusas para matar o tédio.

E molestar no mundo a inércia!

com seus muros mudos e mal-cuidados

- bem retrato

da nossa sociedade de macacos.

Lynce
Enviado por Lynce em 18/06/2008
Código do texto: T1040066
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