O POETA E O CIENTISTA

São como água e vinho,

Como o executivo e o adivinho;

Trazem as diferenças

Do sol que vem

E do sol que vai.

Mendiga um,

Luz,

A matéria arredia,

Dedica o outro,

Um aceno de aceitação

Ao telúrico mistério,

Que não merece,

Algumas vezes,

A indiscrição humana.

Fazem,

Apesar das diferenças

Como seres alados, singulares...

O regalo de um,

No inicio,

Do outro,

No fim,

Do acabado mistério

Encontrado perdido,

Num pote de barro,

Num pote não muito raro,

Nem muito caro...