Mosquito dengoso
Mosquito dengoso
A Prefeitura do Rio
Cometeu um desatino
Não combateu a epidemia
E culpou o nordestino.
Dinheiro certamente existe
Pois as taxas são elevadas
Mas na hora da partilha
Altas verbas são desviadas.
E diante deste fato negro
A população doente espera
Até nos postos de saúde
O ciclo do mosquito prolifera.
As obras do Pan não param
Pois na placa ficará um nome
Os atletas receberão medalhas
E o povo continuará com fome.
Que as palavras do sertanejo
Enviadas por qualquer repente
Sejam fortes o suficiente
Para o povo atuar como gente.
Está mais do que na hora
De deixar de agir como gado
Que ruma dócil para o pasto
Sendo facilmente enganado.
A pouca esperança que resta
É aguardar a próxima eleição
O rumo da pátria pode mudar
Se dispensarmos a televisão.
Haroldo P. Barboza – jan/2006