Não somos anjos

É preciso alguma alegria,

ou uma certa dose de tristeza

Para fazer uma poesia

talvez ironia

O que não pode é ser indiferente

Como Riobaldo eu digo e redigo

Eu não sou nada, nadinha de nada

Nadica, nadiquinha

Mas fui a humanidade inteira

quando vi o sol se por

lá onde nasce o São Francisco

Perdoaria a Hitler e a Stalin,

se me coubesse este fardo

Mas como humanidade também os abracei

naquele dia.

Náo, Não, não fomos feito à imagem de Deus

Estamos longe de ser mesmo um genérico de

qualquer um dos seus anjos de menor hierarquia

A história se repete demais.

Grácio Reis
Enviado por Grácio Reis em 10/06/2008
Reeditado em 18/06/2008
Código do texto: T1028143