Não somos anjos
É preciso alguma alegria,
ou uma certa dose de tristeza
Para fazer uma poesia
talvez ironia
O que não pode é ser indiferente
Como Riobaldo eu digo e redigo
Eu não sou nada, nadinha de nada
Nadica, nadiquinha
Mas fui a humanidade inteira
quando vi o sol se por
lá onde nasce o São Francisco
Perdoaria a Hitler e a Stalin,
se me coubesse este fardo
Mas como humanidade também os abracei
naquele dia.
Náo, Não, não fomos feito à imagem de Deus
Estamos longe de ser mesmo um genérico de
qualquer um dos seus anjos de menor hierarquia
A história se repete demais.