A CAMINHO DA SENSIBILIDADE DA PEDRA

A CAMINHO DA SENSIBILIDADE DA PEDRA

Metamos a mão na combuca,

pois deslindaremos horizontes intangíveis,

esconsos

em sensibilidade de pedra.

Por isso não querem que metamos a mão na combuca.

Querem, ao contrário,

que alcancemos gordos graus de um maior vazio conhecimento,

mesmo que aparentemente pareça

termos chegado a searas que a gente ricamente desconheça.

Por isso não querem que metamos a mão na combuca.

Querem, por outro lado,

que locatários de sofisticada quimera sejamos.

Ah, sim, num mar de etéreas melhorias sinceras nadamos.

Melhorias cuja generosidade maior é a camuflagem

da proximidade do encontro do enfermo com a enigmática

Senhora da majestosa suma Chama.

Sim, é o enfermo a caminho da quietude imorredoura.

Sim, é o enfermo sendo recebido afavelmente pelo réquiem de

Caetana!

Ah, o certo é que não sei.

Não sei se inconsciente ou por certo sabemos.

Talvez, não sei se certamente saibamos

que á sensibilidade da pedra convergimos...

que á sensibilidade da pedra marchamos.

Ah, também não sei. A única coisa que francamente sei

é que não querem

que na combuca a mão metamos.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA