NILO NORDESTINO
NILO NORDESTINO
Água límpida, límpida, límpida, límpida, límpida...
Água assoreada, ada, ada, ada, ada, ada, ada...
Sobre o curso de um fluido rico outrora;
E pobre agora,
Vejo:
Vejo navegar um barco sob a direção de seu navegador
Sereno.
Pescador lança a isca para a pesca:
Pescador quando recolhe o anzol,
Quase nada ele tem, pega.
Ah, nas águas de sua lembrança,
O homem viaja num lugre-cardume de fartura,
Profusão,
Sustança!
Na nascente mineira:
Exuberância, enlevo;
Tropegar norteia os retirantes
Nos sertanejos âmbitos da seca,
Ainda que no Vale dos Privilegiados
O desvio agradeça á Parreira.
Desvio sagrado que, grelando,
Faz prosperar a colheita.
Ó facínoras legais, emires cretinos...
Ó homens vilões,
Não basta meu congênito mal?
Espoliais-me com contumazes progressos infrenes?
Não vedes que se expiro,
Vossos hermanos sertanejos
Fenecem comigo, SÃO FRANCISCO?!
Jessé barbosa de oliveira