QUANDO PENSO NO VERDE, FICO VERMELHO
Eu não consigo compreender, porque o primata resolveu descer da árvore;
Nem a razão do troglodita, abandonar sua caverna;
Qual a vantagem da pedra lascada, ter sido polida ao ponto do mármore?
E o benefício do dia acordar, se o bicho-homem ainda hiberna?
Alguém me diga, se vale a pena essa tal evolução;
Se os dinossauros governaram bem melhor, tudo que hoje nos pertence;
O que se fez com clavas, hoje se faz com as foices da ambição;
Até o dilúvio foi derrotado, mas a burrice humana, ninguém vence!
O homem caça animais, mas ele mesmo é seu maior predador;
Ele teme fantasmas, mas o revide do tempo nem sequer lhe assusta;
Porventura sua consciência, em gás carbônico se dissipou?
Ou seu raciocínio teria sido asfixiado pelo efeito estufa?
Isso não falo por ser anarquista ou mesmo insurgente;
Falo em nome da voz dos cataclismas e do mundo revolto;
Quando a Terra estremece tal como vemos, é porque algo está diferente;
É que desnudo de juízo e trajado de cegueira, segue o homem envolto!
Ele queima as florestas e acaba carbonizando seu próprio futuro;
Ele arranca o petróleo, e a Terra responde com seus abalos;
Lançando gases tóxicos, ele lega a seus filhos, um mundo mais quente e escuro;
Homens obstinados não se importam com os sinais, que surgem para alertá-los!
Terremotos, tsunamis, tornados e furacões;
Estações em convulsões, mares revoltados e sólos rachados;
Convençam meus irmãos, de que é chegada a hora de cessarem as ambições;
Pois os débitos de suas agressões, de seus filhos e netos, um dia serão cobrados!!