CAMPONÊS
No espaço da terra,
Na beira do riacho,
Existe um campo de areia,
Onde escrevo o que faço.
Durmo com a noite.
Desperto na madrugada.
Nos primeiros raios de sol,
Meus passos seguem pela estrada.
É a luta meu Deus, no dia a dia.
Pagando pelos pecados,
Vivendo na carestia.
Mil bocas para alimentar.
O filho doente p’ro doutor curar.
E o peito a sangrar,
Com os olhos a chorar de tanto sofrer.
E a luta continua sem saber o seu fim.