CAMPONÊS

No espaço da terra,

Na beira do riacho,

Existe um campo de areia,

Onde escrevo o que faço.

Durmo com a noite.

Desperto na madrugada.

Nos primeiros raios de sol,

Meus passos seguem pela estrada.

É a luta meu Deus, no dia a dia.

Pagando pelos pecados,

Vivendo na carestia.

Mil bocas para alimentar.

O filho doente p’ro doutor curar.

E o peito a sangrar,

Com os olhos a chorar de tanto sofrer.

E a luta continua sem saber o seu fim.

Tildé
Enviado por Tildé em 24/05/2008
Código do texto: T1002905
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