Ao interior* volto hoje que é quarta
Ao interior* volto hoje que é quarta
E de lá só saio quando já é noite,
Entre as estradas de terra que me consola
Volto ao interior próprio destes campos todos.
Sozinhos no espaço obscuro das trilhas lamacentas
Sentir o vento frio que cobre todo o estado,
Ver de olhos nus aquele povo que me salta
Da terra molhada de uma vila campestre e bruta.
Ó noite assim serena e gelada,
Que cobre os céus com sua negra capa
Venha fazer-me sentir que no claro alto,
Há uma luz de lâmpada que ora ou outra se apaga.
*. Município de Charrua, RS.